sexta-feira, 29 de abril de 2011

Homicídio aumenta entre negros

Enquanto o número de homicídios no país permaneceu estável nos últimos anos, o número de negros e pardos assassinados no Brasil não para de subir segundo o Relatório Anual das Desigualdades Sociais divulgado nesta terça-feira, no Rio, entre 2002 e 2008 houve aumento significativo de mortes de negros, enquanto os brancos viveram uma situação de maior segurança, o número de vítimas de homicídio entre eles caiu no mesmo período. Os números são do Mapa da Violência 2011, que reúne dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.

Enquanto no ano de 2002, em cada grupo de 100 mil negros, 30 foram assassinados; já em 2008, esse número saltou para 33,6. Enquanto isso entre os brancos, o número de mortos, que era de 20,6 por 100 mil habitantes, caiu para 15,9. O trabalho inclui também mortes por acidente de trânsito e suicídios ocorridos de 1998 a 2008. Os dados por raça só passaram a ser compilados em 2002.

Um homem preto ou pardo tem mais do que o dobro de possibilidade de morrer assassinado se comparado a de um indivíduo que se declara branco, homicídios entre homens brancos vêm caindo ao longo dos últimos anos, enquanto o movimento entre negros e pardos é inverso. No início da década, foram registrados 44.105 mil homens assassinados. Em 2007, esse dado ficou estatisticamente estável, recuando para 43.938.

Entre as mulheres, a razão de mortalidade das pretas ou pardas era 41,3% superior à observada entre as mulheres brancas, segundo os dados de 2007.

Entre os jovens, a situação é de maior disparidade

A taxa de homicídios entre os brancos de 15 a 24 anos caiu 30%; entre os negros na mesma faixa etária, subiu 13%. Em 2002, a cada grupo de 100 mil pessoas, 39,3 jovens brancos morreram; em 2008, foram 30,2. Já entre os jovens negros, a taxa, de 62,4 em 2002, subiu para 70,6 no ano de 2008.

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